A transição para um futuro com emissões líquidas zero exige mudanças estruturais em setores de alto impacto, e a aviação é um dos mais desafiadores. Ao contrário de outros segmentos, como a geração de energia ou o transporte terrestre, que já contam com alternativas maduras de descarbonização, o setor aéreo ainda depende quase integralmente de combustíveis fósseis. É nesse cenário que o SAF – Sustainable Aviation Fuel (Combustível Sustentável de Aviação) surge como solução-chave para o futuro da aviação. E a H2B Energy Transition, como produtora de SAF em território brasileiro, é parte integrante deste novo mercado.
O cenário global: demanda gigantesca e produção ainda insuficiente
Para estimular a substituição e cumprir a meta estabelecida pela IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo), entidade internacional do setor de aviação, de chegar a net zero em 2050, vários países criaram cronogramas de adição de SAF no combustível tradicional de aviação, como acontece com o etanol na gasolina.
A União Europeia tem o calendário mais ambicioso, que prevê adicionar 2% de SAF no combustível convencional neste ano e 6% em 2030, com aumentos graduais até chegar a 70% em 2050. No Brasil, a mistura começa em 1% em 2027 e chega a 10% em 2037.
Mas a produção ainda precisa crescer de forma acelerada para atender a esta nova demanda. De acordo com a IATA, o aumento da oferta é essencial para que os objetivos de descarbonização da aviação sejam atingidos.
Em 2024, a produção mundial de SAF foi de 1,3 bilhão de litros, o dobro do ano anterior, mas o equivalente a apenas 0,3% do mercado total de combustível de aviação e bem abaixo da previsão (1,9 bilhão de litros), por conta do adiamento de investimentos nos Estados Unidos. Em 2025, a expectativa da IATA é chegar a 2,7 bilhões de litros, ou 0,7% do mercado total de combustível.
A boa notícia é que há um enorme espaço para crescimento – e o Brasil pode ser o protagonista dessa história.
O Brasil é reconhecido internacionalmente como um pioneiro em biocombustíveis, com um histórico bem-sucedido com a produção de etanol e biodiesel em larga escala.
Alguns dos diferenciais do país:
- Abundância de matéria-prima renovável: como resíduos agrícolas, óleos vegetais, gordura animal e etanol;
- Infraestrutura e know-how em biotecnologia e produção de biocombustíveis;
- Posição geográfica estratégica para exportação para Europa e América do Norte;
- Políticas públicas em construção, como o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV), que cria o calendário de adoção obrigatória do SAF no Brasil e prevê incentivos para a sua produção.
A tecnologia HEFA e outras rotas para produção de SAF
A principal tecnologia disponível hoje é o processo HEFA (Hydroprocessed Esters and Fatty Acids), que transforma óleos e gorduras em hidrocarbonetos semelhantes ao querosene de aviação. É uma rota já certificada, escalável e com eficiência energética comprovada. E foi esta a tecnologia escolhida pela H2B Energy Transition em sua planta em implantação em Barcarena, no Pará.
A H2B: uma empresa brasileira dedicada 100% ao SAF
A H2B Energy Transition é uma empresa inovadora, fundada em 2021, com a missão de impulsionar o Brasil na liderança global de SAF. Com uma equipe experiente, formada por especialistas em energias renováveis, sustentabilidade e inovação, a empresa desenvolve projetos em regiões estratégicas do Norte e Nordeste do Brasil, maximizando a disponibilidade de biomassa e o acesso a portos de exportação.
Os diferenciais da H2B:
- Foco exclusivo em SAF, com prioridade para a rota tecnológica HEFA;
- Integração com práticas de agricultura regenerativa e economia circular;
- Visão de longo prazo para exportar SAF para mercados europeus,que já possuem metas obrigatórias de uso de combustível sustentável;
- Parceiras estratégicas com fornecedores, universidades e investidores de impacto.
A H2B está se posicionando como o elo entre a capacidade de produção brasileira e a demanda internacional crescente por combustíveis sustentáveis.
Oportunidade Econômica e Ambiental
A adoção do SAF é mais do que uma questão ambiental. Trata-se de uma oportunidade econômica e geopolítica. Países que dominarem a produção terão vantagem competitiva nos mercados internacionais, e poderão atrair investimentos, gerar empregos verdes e liderar a agenda climática global.
O Brasil tem matéria-prima, expertise e vocação para liderar a revolução dos combustíveis sustentáveis na aviação. E empresas como a H2B estão na linha de frente dessa transformação.